quarta-feira, 30 de maio de 2007

Verdade

"Sempre que possível, converse com um saco de cimento.
Nessa vida só devemos confiar no que se transforma em concreto"

Por hoje é só.

domingo, 27 de maio de 2007

Eita filharada!!!!!

Pois é, meus queridos visitantes, vou de novo me ausentar pra cuidar da nova vida de uma das minhas filhas.

Nesse ano já fiz três mudanças. Estou ficando tão craque que vou acabar colocando um anúncio no jornal e me prontificando a ajudar pessoas a se mudarem de casa ou de cidade. Faço caixas e coloco tudo anotadinho o que tem dentro delas. Estou com uma prática incrível.Qualquer dia eu entro em uma das caixas e escrevo Márcia Morales.

Primeiro fui eu que me mudei de Bragança Paulista para SP. Depois foi minha filha mais velha que voltou a morar comigo e agora a caçula vai morar sozinha na cidade onde vai trabalhar.

Quando voltar, tenho que ir visitar minha filha adotiva Kika, senão quem vai ter que se mudar de país, sou eu. Ela me “trucida” viva se eu não for. Essa filha não vai se mudar, ainda bem. Eu bem que gostaria que ela se mudasse aqui pro meu condomínio. Queria as quatro juntas comigo, mas é a vida né?

Kika, topas?

Camila é minha filha adotiva de Bragança Paulista. Diz que quando se formar vem morar aqui em SP comigo. Tô esperando. Essa menina é ouro puro.

Como dizia o poeta “Filhos, pra que tê-los, mas se não tê-los como sabê-lo”. Como eu sempre digo, filho PREENCHE E ENCHE a vida da gente. Ser mãe é padecer no “paraíso”, na lapa, na penha, no capão redondo enfim em todo lugar.

Mas cá pra “nóis”, tem coisa mais gostosa que ser mãe? Seja de sangue ou adotiva. É MUITO BOM amar e sentir que é amada. Saber que elas me sentem como seu “porto seguro”. Procuro não decepcionar, mas a gente sempre erra e elas errarão nos meus erros tentando acertar e assim vai a vida.

Eu as amo de paixão, mas como diz a empregada da minha amiga, qualquer dia eu “estuporo”. A frase dela é assim, “ele estava vivinho e estuporou”. Quem souber a tradução entre em contato, 0800-0000-0006

Eu um dia ainda estuporo de amor e preocupação, mas como sou ciumenta e egoísta quero que elas me ocupem o máximo que quiser ou precisar. Estou sempre aqui, no mesmo lugar e gostaria de mudar meu nome para AMOR e sobrenome SEGURANÇA.

Que venham os filhos!!! São bem-vindos!!!

sábado, 26 de maio de 2007

Ser ou não ser, eis a questão

Somos ou estamos?

Somos tudo aquilo que estamos. Se estamos é porque somos. Fica confuso porque sempre estamos e pouco somos.

Se somos não estamos e se estamos é porque somos.

Hoje acordei complicada, mas profunda.

Sempre fui uma pessoa “esquisita”, ou seja, tento sempre analisar os porquês. Não sinto saudades, no máximo sinto falta de algumas pessoas. De situações nunca sinto, passado pra mim, acabou.
Tudo que quero, consigo. Pode até demorar, mas sempre algo que achei impossível, quando menos espero, acontece.

Minha mente sempre está ligada no futuro e eu já aprendi que do futuro depende o presente, então procuro construí-lo bem.

Não tenho inveja, raiva, ódio, não sou cínica com quem não merece, e abomino todos esses sentimentos. Procuro deixar sempre meu coração feliz. Às vezes fico triste com minha “cabeça” e língua, mas também NINGUÉM É PERFEITO, né?

Doenças, nunca falo nelas, procuro evitá-las. Não gosto de falar em doenças. Dinheiro nunca reclamo, porque se reclamar, por acaso ele dobra? Não, né? O que eu não acho solução, nem toco no assunto. Sou a mulher das soluções, tento solucionar tudo que me aparece de problema pela frente.

Existe até um e-mail que conta que uma mulher bateu num menino e a mãe foi saber porque. Ela disse que ele tinha chamado ela de gorda e a mãe respondeu que se ela batendo no menino, emagrecia. E é por aí mesmo.

Nós somos energia e atraímos tudo que falamos e pensamos para nós mesmos. Existe a lei de atração do universo e nosso. Um cérebro é capaz de remediar tudo, saúde, dinheiro, harmonia, paz, enfim tudo. Ele não distingue a realidade do ilusório, então se pensarmos que vamos sofrer um assalto, ele reage com os hormônios como se estivéssemos passando por ele, e assim é com tudo, principalmente com doença. Não devemos dar “ligância e nem ousadia” quando notarmos algo de errado no nosso corpo.

Estou escrevendo a respeito disso, porque um anônimo fez um comentário cínico no meu blog e eu acho que ele se sentiria muito mais feliz se tivesse feito um elogio no texto que eu escrevi.

Sabe, né? Cada um deixa seu dia como quer!!!!!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Será que é carma?

Tem horas que penso que só pode ser carma. EU NÃO ME LIVRO DA FUNÇÃO DE PROFESSORA.

Em tudo que faço sempre depois noto que minha intenção foi ensinar alguma coisa. Nem se for com o exemplo da minha amiga no texto anterior, mas já ensinei que tem de se olhar no espelho atrás antes de sair.

Às vezes sem perceber em todo lugar que volto a ver depois de um tempo, acho uma “aula” minha.

Nunca me esqueço de uma mensagem que mandei pra Kika na Bahia, onde eu a ensinava até a atravessar a rua. Toda vez que estou parada no meio fio, eu lembro de ficar atrás de um poste no caso de estar vindo alguém fugindo da polícia. Foi isso que eu ensinei a ela.

Tem um amigo meu que diz que, quando conversa comigo, sempre aprende algo novo. Eu dou risadas porque faço sem notar.

Leio o orkut e sempre acho uma aula minha, até lá que de “profundo” não tem nada.

Qualquer dia vou fazer chamada nos meus bichos, apesar de que de professora sempre esquecia de fazê-la ou melhor, esquecia não, não gostava mesmo. Deus me livre saber que um moleque meu estava lá sentado somente por causa da chamada. Queria que ele estivesse lá com tesão de aprender.

Uma vez a inspetora de alunos veio pedir pra gente ir embora mais cedo, porque ela estava cansada e a diretora já tinha ido pra casa. Os alunos não se mexeram e disseram que não queriam ir porque estavam aprendendo. FOI UM PRÊMIO E TANTO PARA MIM. Não esqueço nem o rostinho deles, todos bravos.

Eu sentava em cima da mesa e ia ensinando tudo que me dava na cabeça. Desde as coisas mais simples até completar com a minha matéria. É assim que eu gosto. Fazer um paralelo com coisas concretas.

Uma vez disse que como eu iria ensinar que velocidade é igual espaço sobre tempo, se meu aluno não tinha carro possante, andava de ônibus que não tinha velocidade, não sobrava espaço e não chegava a tempo. Foi levada essa frase pra USP, antes de falarem que tinha que dar a matéria de acordo com a realidade do aluno. Não sei até hoje se usaram meu “boné” e saíram com essa, ou se eles tiveram essa idéia mesmo.
Uma professora que conseguia “ver a semente”, não se conformava com as minhas aulas e os meus exemplos. Até hoje quando encontro com ela, caímos na risada. Ela diz:
-Márcia, só vc mesma pra ensinar ar comprimido e rarefeito dando exemplo do ônibus cheio, e o pior é que eles entendem mesmo.

Na educação e na vida real não devemos deixar de ser criativo. Mais criativo que o brasileiro pra dinheiro, não existe né. Se somos capazes disso porque não sermos em tudo criativo e bem humorado.

Aprenderam? Acho que é carma mesmo!!!!!!

As pedras do Rio

O rio passa, e às pedras, por mais que rolem,
vão ficando pelo caminho...
Assim, são os problemas que carregamos,
por maiores que sejam, vão ficar no passado,
uma hora eles se desprendem de nós,
e caem no esquecimento.

Por isso, não perca a hora do trem,
nem se deixe levar pela dor,
a vida, como o rio, tem um curso a seguir,
e quem não pode ficar para trás é você.

Olhe para a frente, projete seus sonhos,
veja-se livre do que te incomoda,
se é a saúde que lhe falta, se trate,
se é a solidão que te incomoda, seja solidário,
se é o desamor que te atormenta, ame mais,
se é a traição que te ofende, perdoa,
se é a desunião que te machuca, une,
se é a escuridão que te entristece, seja a luz,
se é o vazio que te deixa assim, preencha-se.
se te falta fé, se encontre...

Se te falta direção, observe o rio,
que humildemente se deixa levar pelo caminho,
certo que depois das pedras está o mar,
ponto de chegada dos vitoriosos,
dos pequenos riachos, fontes e nascentes,
que compõem a grandiosa força dos oceanos.

Hoje você pode ser apenas um fio d´água,
mas seguindo o curso do rio da vida,
deixará para trás pedras e barrancos,
e se fortalecendo com a capacidade de amar,
deixará de ser rio e será mar.

autor desconhecido

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Me amo e sou correspondida

A vida tem a cor que a gente pinta

Sempre digo isso porque é assim que eu acredito. Tem dias que pintamos nossos dias tão negros que até nós mesmos não nos suportamos. Aquele dia nada dá certo, não conseguimos ser feliz e ainda se chorarmos melhora um pouco, o duro é quando com a nossa infelicidade queremos ver os outros infelizes também. Aí então é o caos mesmo.

Já o dia que quando acordamos lembramos de olhar o dia, falar Bom dia, dia, olhar a nossa volta, valorizar o que estamos vendo, agradecer pelos bichos de estimação, conversar com eles, ter carinho por onde mora, ficar feliz por não sentir nenhuma dor e quando sentir não valorizar e nem levar a sério, nesse dia tudo dará certo.

Acho que o importante é o agora, passado foi o agora anterior e o futuro, quem pode imaginá-lo? Vc já viu algum futuro dar tudo igualzinho vc pensou? Então pra que ficar imaginando, principalmente quando sua cabeça for negativa, pensar só em coisas ruins, aí então vc sofre com a imaginação que pode nunca acontecer.

Quando minhas filhas começaram a sair para noitadas, eu não dormia, aí um dia parei e pensei:
-Se eu não dormir, caso aconteça alguma coisa eu não vou estar forte pra agir, então agora durmo que me acabo.

E é assim que eu procuro agir todos os dias, uns eu não consigo e quando não consigo fico elucubrando sobre o que está me puxando pra baixo.

Confesso que dias nublados é sempre mais difícil que dias ensolarados. Adoro o sol e na minha idade é fundamental. To “numidade” que os problemas de junta sempre aparecem.

Fico observando as pessoas e acho que ou eu sou débil mental ou eu sei viver. Quando vejo vitrine não gosto de nada que não posso comprar e acho liiiiiiiiiiindo só o que compro.

Com a idade o maior inimigo nosso é o espelho, então por isso me olho o menos possível nele. Uma vez uma amiga disse:
-Eu me olho no espelho nua e me acho horrível. Então eu disse:
-Porque vc olha então?

Pra mim isso é burrice, ou então QUERER sofrer. Temos de nos olhar quando estamos prontas para sair. Olhar frente e costas, porque uma amiga minha não olhou as costas e saiu com a saia presa na calcinha atrás. A “infeliz” estava com uma calça daquela cor de rosa de algodão grandona e ia passar em frente do programa do Chacrinha. Sorte que o porteiro do prédio correu e avisou. Nunca mais olhou nos olhos dela de vergonha, mas que avisou, avisou.

Adoro solidão, gosto da minha companhia. Não vejo nenhum problema em estar só. Gosto da companhia de amigos, mas como sou aposentada e todos ocupados, geralmente fico “na minha”. Leio, escrevo, vou pra Internet, gosto de fazer quitutes, assisto alguns programas de televisão, converso muito com meus bichos, enfim vivo muito bem comigo.

Me amo e sou correspondida.


SOLIDÃO
Texto de Francisco Buarque de Holanda.

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo..... isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O que é amar?

Amar para mim é isso. Saber ser feliz e QUERER repartir essa felicidade com todos. Deixar de ser covarde e se expor com humildade, dizendo: amo apesar de... não por causa que...

Eita "barriguinha mais buitinha"

Filha do coração

Mamãe coruja

domingo, 13 de maio de 2007

Mãe sempre falha...

Hoje é nosso dia, então lá vai...

Um dos maiores problemas da educação de hoje é a indisciplina, só que junto a ela sinto e acho que se encaixa a palavra desinteresse.

Eu só sei escrever o que for experiência minha, até meus "causos" têm que ser verdadeiros, senão não consigo contá-los.

O primeiro SUSTO em relação à educação foi em casa quando minha filha de dois anos(Marisa) me perguntou:

- Mãe, o seu nome é mãe?
- Por que você está perguntando isso?
- Porque a tia me perguntou como você chamava e eu disse que era Mãe.

Aí eu pensei que tinha ensinado ela comer de garfo e faca, falar "obigado, poi favoi, dá licencia" e não tinha ensinado o meu nome para ela. Como não sabia ler e acho que não prestava atenção nas pessoas que me chamavam pelo nome, não aprendeu por ser muito ativa.

Feliz dia das mães!

Continuação debate 1ª testemunha e eu

A vida é uma grande aula. Todos os dias damos “aula”. Pensamos que isso que estamos fazendo é só um debate, mas se nos aprofundarmos vemos que estamos dando uma aula com “interdisciplinaridade” (opiniões diversas), com um único objetivo.

Cada dia acordamos de um jeito. Um dia, triste, outro alegre, bem e mal humorados, pessimistas ou otimistas, simpáticos e antipáticos etc. São tantos sentimentos...
Vamos começando a analisar nosso debate.

Comecei dando a maior força para o “eh parece que é mentira”, a 1ª testemunha, me acompanhou motivando-me a responder mais uma vez e fazendo algumas perguntas. Respondi de uma maneira séria, pois “me apertou,infelizmente, sem ao menos me abraçar”.

A 1ª testemunha respondeu-me citando meu nome, dando um ar de intimidade entre nós dois.

Respondi tudo que realmente sentia, mas terminei brava e nem me despedi. A 1ª testemunha no dia de hoje, respondeu-me “não me olhando nos olhos” o que faz com que seja o dia mais difícil de responder. Parece que entrou na classe disse bom dia e passou a lição. Agora, chega a 2ª testemunha e diz a realidade com muito sentimento, com vontade de ajudar, mas deixa claro que é difícil.

Quantos sentimentos revelamos nesse debate?

Quanta tristeza sentimos ao falar sobre isso?

Quanta impotência?

É tudo isso que um professor consciente sente ao final de um dia. Então acho que em primeiro lugar o professor deve se fazer uma pergunta: - O que me deixa feliz num final de dia? Responda essa pergunta e tenta “trabalhar” isso dentro de você, que tenho certeza auxiliará muito o aluno a FICAR feliz também.

Eu DUVIDO que um professor que humilhe aluno, que não dê uma boa aula, que mande um monte de aluno para a diretoria, onde só prova que a autoridade dele não é mais dele e sim do diretor, saia feliz para “curtir” o resto do dia e a sua família.

Ninguém pode ser feliz assim, lutando e maltratando outras pessoas, não fazendo um trabalho que preste, não achando que teve um bom dia, só colocando defeitos e não partir para soluções, não ser CAPAZ de enxergar nas entrelinhas, principalmente os que pedem socorro.

Frase sábia

Educar é você PERCEBER o outro.

autor desconhecido

O que te deixaria realmente feliz professor?

Como você pode mudar um pouquinho que seja e sozinho sua postura em relação a alunos?

O que você pode fazer para terminar um dia realizado?

Como poderia parar de sofrer e fazer outros sofrerem?

Quais perguntas-chave você poderia fazer para uma classe ficar motivada e a atenção ficar só direcionada a sua aula?

Você tem jogo de cintura para as suas nuances e do seu aluno?

Você tem auto domínio sobre seus próprios sentimentos? Ou seus problemas pessoais interferem no seu relacionamento do dia a dia?

Os seus valores são constantes?

Você tem consciência de que para ter melhor salário terá de descobrir outras habilidades suas e mudar de profissão? Ou é por sua incapacidade de mudança que fica e só reclama?

Como você pode demonstrar que tem autoridade, mas com respeito?

OBS: CUIDADO porque o professor que é LEGAL, geralmente é aquele que não domina a sua disciplina e os alunos percebem, extrapolando na indisciplina.

Enfim, hoje tenho 50 anos e já APRENDI que é verdade que você só faz outro feliz, se você for feliz. Encontre essa felicidade dentro de você.

EU MESMA já comi muita coxinha com raiva, porque não sabia falar se o certo era “rissoli” ou “rizoli”. Hoje, hein? Chega. O que não sei pergunto e o que sei, uso. Hoje, pergunto ou falo os dois nomes, como com gosto rissoli ou rizoli e o resto que se dane, mas que eu NÃO COMO mais coxinha pensando nele, NUNCA MAIS.

Chega de ser infeliz, procure a felicidade nas pequenas coisas e encontre. Não é qualquer coisa que vai nos tirar a capacidade de enxergar felicidade.

Aprenda só isso por enquanto e verás que tudo fluirá normalmente.

Pense nas perguntas acima e MUDE, se precisar.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Conclusão Marcos Pessoa

Acho que aprendi aqui coisas sérias, serissimas:

a) Se não desse certo eu tentava de novo.

b) Se eles estivessem no corredor, ao invés de pedir que entrassem na sala, eu convidava os alunos que já estavam sentados a dar risadas bem altas. "Eles ouviam e vinham ver, curiosos, o que se passava". Será que eu era louca?

c) Sempre achei fundamental você ser “cúmplice” do aluno e não inimigo.

d) O eixo temático do planejamento poderia ser o sonho do aluno.

e)Ou seria pesadelo?: Ele pediu para falar para todos os professores que o seu pai precisava arrumar emprego pois estava desempregado há muito tempo e que estão passando fome.

f) Se me comprometi com a arte de ensinar, com certeza preciso primeiro conquistar os meus alunos. (Pensei: deveria ser como um cantor, ator, escritor, que faz tudo para ter um público. Parece que o professor tem um público cativo, que foi lhe dado de graça - ou seria de castigo? - e que ele não precisa agradar. Será que não são eles que fazem dele um professor?)

g)“Primeiramente, a minha escola é uma bosta. Segundamente, a professora de inglês é uma merda." Alguém aí acha que isso é mentira? Ele é um mentiroso e ingrato? Mas me digam outra coisa, se estamos tentando, se estamos querendo o bem dele com tanta força, que acontece então que ele nos acha uma bosta? Um desencontro....

h) Pensamos que isso que estamos fazendo é só um debate mas, se nos aprofundarmos, veremos que estamos dando uma aula “interdisciplinar” (opiniões diversas), com um único objetivo. Isso responde uma única questão da Márcia: O que te deixaria realmente feliz? Falar sobre isso que estamos falando, debater assim, sem nenhuma outra pretensão ou obrigação. Só queremos entender, colocar as idéias no lugar, acertar o passo.

Sim, já entendemos que há algo errado. É uma certeza isso. Estamos mergulhados na dúvida. É como se tivéssemos entendido que deveríamos deixar aquela antiga terra e nos atirássemos ao mar, num precário barco, em busca de dar à vista outra terra.

Aqui, nesse meio mole de mar, tendo atrás a terra firme renegada, com esse instrumento estranho, esse fórum que é um verdadeiro microscópio de mentes... será que aqui poderemos divisar lá longe pequenos detalhes da pompa que traz no bico um pedaço de verde? Esse verde que é fruto do amor entre a terra e o mar das águas?

Vejo sim, nos depoimentos sinceros que aqui estão, um índice do bom futuro. Devemos crer que melhoramos? Será que somos uma espécie que melhora (e se isso for verdade, estará certo que todas as outras espécies da terra só tendem a piorar, e aí se confirma a máxima dos católicos: deus foi parcial e escolheu, entres as milhares, uma única para vencer. E quando ela vencer o que fará com a taça?)

Debate 1ª testemunha e eu

Caro(a) 1 ª testemunha.

Acho que temos de debater muito ainda, porque se tivéssemos a solução de como fazer uma nova escola, iríamos a jornais, secretarias, secretários, governador e pronto era só expor.

Está muito difícil mesmo a educação. Professores e alunos não estão felizes do modo como estão vivendo.

Somos muito simplistas quando dizemos somente que a falha é da escola. Famílias mudaram, sociedade mudou, vida sócia econômica falida.

Mas, quando escrevo alguma coisa é porque penso que só reclamar é um defeito muito grande. Todo problema quando aparece e não é resolvido, fica pendente e aumenta mais para frente.

Devíamos ter dois minutos por dia para reclamar e o resto para agir. Se você ficar só dizendo dos defeitos, penso que são aqueles que acham desculpas para não mudar nada.

Abomino reuniões onde os professores demonstram claramente que não reciclam nada e se bitolam nos problemas.

Fiquei calada durante muitos anos, achando que eu era. “louca” profissionalmente e não expunha minhas idéias sempre com medo de me comprometer. Porque comigo, todo problema que aparecia eu resolvia fosse de maneira lógica, ou não.

Dos alunos ficarem sempre no corredor eu desisti, então passava por eles e dizia bom dia e entrava na sala. Não me estressava de jeito algum, mandando entrar. Só que lá dentro eu sempre brincava e a turma de dentro caía na risada e os de fora entravam correndo, perguntando: -O que ela falou? Acontecia de eu não ter o que falar então pedia aos alunos: -Vamos rir alto, que eles entram.

Sei que são formas de louca, mas que era resolvido o problema, isso era.
Sempre achei fundamental você ser “cúmplice” do aluno e não inimigo. Você tem que passar uma confiança para o aluno, deixando claro que ele pode contar com você para tudo dentro da escola. Acho perigosíssimo professores que se envolvem em problemas de família dos alunos. Esse é um terreno muito íntimo.

Enfim, 1ª testemunha, acho que o primeiro passo a dar na educação é a empatia do professor. Depois de conquistada essa relação intensa entre professor e aluno, não será preciso humilhar, menosprezar, massacrar, desvalorizar, e sim, ACEITAR cada um com os defeitos e qualidades que possui.

E o resto? Que venham transversais, didáticos, paradidáticos, “oscambau”.

Quando essa mesma filha tinha 5 anos e estava no pré, estavam começando a falar sobre Aids e teria vacinação de varíola. A diretora da minha escola me disse que levasse minhas filhas para serem vacinadas lá porque usariam agulhas descartáveis. Cheguei em casa e expliquei bem detalhado que tinha um bichinho que ficava na agulha, porque se uma pessoa tivesse Aids, a próxima a tomar a vacina pegaria a doença.

No outro dia na escola apareceu um rapaz do posto de saúde que daria vacina em todas as crianças. Ela deve ter argumentado com a professora dizendo que iria tomar na minha escola. Como a professora disse que não podia ela resolveu o probleminha dela e me contou na volta da escola. -Mãe precisei tomar a vacina do posto, então eu, “com muito medo e lágrimas nos olhos, pedi para ser a primeira, aí então não tinha bichinho nenhum na agulha”.

Foi aí que eu comecei a pensar que de nada adianta ensinar umas coisas e deixar outras. Tudo que se ensina é importante. Percebi também que ensinando o mais simples que puder e a pessoa entendendo, fica mais fácil se interessar e podendo aprimorar o aprendizado, desde que entenda do que se trata.

Eu poderia ter explicado para as minhas filhas, falando sobre o HIV, contando que ele veio de avião de outros países, que ele acaba com a imunidade levando a morte por doenças, falar sobre o RNA e outras cositas mais. Será que se eu tivesse explicado desse modo ela teria encontrado a solução que encontrou?

Foi por esse caminho que eu consegui fazer os alunos ficarem interessados e controlar disciplina. Mudei o tipo de aula, não “passava batido” em nada. Se desse para explicar bem 5 parágrafos em 50 minutos, tudo bem, se desse só dois bem explicados, tudo bem. Fazia planejamentos comprometendo flexibilidade, quando exigiam que entregasse do ano ou mesmo do semestre.

O que eu não conseguia de um jeito, desistia e tentava outro.
Em todas as escolas reclamam da mesma coisa. Dá o sinal, os alunos saem para o corredor e entram só depois do professor. Isso já faz 20 anos que eu escuto. Será que não é hora de desistir e encontrar novas formas? Temos de ter humildade quando reconhecemos que não somos capazes. Se deixando estressar com esse problema da entrada, já acabou a “boa aula”.

Se o aluno estiver interessado na aula, ele vai ter tempo de fazer bolinha e jogar no ventilador?

Cada classe tem um interesse e saber diferente.

Para um professor com mais de 500 alunos fica difícil, por isso eu acho que cada professor deveria dar aulas somente para uma, duas ou três classes. Ele poderia se dedicar muito mais, conhecendo verdadeiramente seus alunos. Com muitos alunos, infelizmente só conseguimos gravar os que pedem socorro “perturbando” a classe.
Temos de nos conscientizar que quem é revoltado, insatisfeito, desordeiro, anarquista e indisciplinado, sofrem do mesmo mal, e que PRECISAM descobrir com quais habilidades nasceram, para “que nasceram”, enfim, o que precisam desenvolver para serem felizes.

É NISSO QUE EU ACREDITO.

Continuação do debate sobre escola

Como?

Tornando-se no MÍNIMO consciente de suas habilidades.

Por quanto tempo?

A vida é uma escola, freqüentada diariamente por todos nós. Existe a escola que nos dá a infra-estrutura para a vida que escolhermos. Tudo depende de nós, acho que está aí a consciência que devemos desenvolver no nosso aluno. Cada um escreve a sua folha em branco.

Quem?

De preferência profissionais conscientes de seu papel, além de professor, educador, que é o que muitos ignoram. Se o nome é educação, origina do que? Senão poderia ser “mestrão” ou “fessorão”, qualquer coisa assim.

Qual a formação daqueles que serão os "mestres"?

Mestre no dicionário existem vários significados como, mestre-cuca, mestre-sala, mestre-de-cerimônia, cada um desses desenvolvem uma função. Agora a junção de todos, forma a mestria, que quer dizer, competência, perícia e destreza. Dessas definições todas gostaria de me apegar em destreza, que é a agilidade, aptidão, habilidade, arte, sagacidade, todos esses valores deveriam ser utilizados com o ser humano e principalmente em formação.

MM -Tentei responder algumas perguntas porque percebi que em nossos debates, sempre fazem perguntas e nunca respondem. Fazer perguntas é difícil, mas respondê-las é fundamental.

O que se deve fazer na escola?

Numa escola devemos fazer como se escrevêssemos a nossa folha em branco. Nós mesmos colocaríamos tudo que tivesse sido importante, e no final deixaríamos registrado somente o que valeu a pena e o que nos auxilia no dia a dia.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Definição sobre professores "umbigos"e "apêndices"

Acho que quem se considerar um umbigo deve ficar feliz e realizado. Porque mesmo não sendo uma das partes mais bonitas do nosso corpo, ele é que nos dá o princípio da vida porque nos nutre, é um elo entre o bem mais querido de nossas vidas, permite saber resultados de que está tudo bem ou não, o seu líquido pode curar um irmão de leucemia, por ele podemos consertar alguma coisa errada para que se inicie uma nova vida.

Seria uma maravilha se todos os professores se considerassem e fossem de fato um umbigo.

Fizessem tudo o que um umbigo faz para o bem e formação do ser humano. Tenho pena dos professores que são “apêndices”, pois podemos retirá-los e não faz diferença alguma.

Minha frase

Com experiências adquiridas com o convívio dos alunos e percebendo mudanças, escrevi essa frase.

Sensibilidade se molda, carinho se treina e vida se troca.

Experiência enriquecedora

Sempre fui amorosa com alunos, mas quando em 2000 eu fiquei doente, pensei (antes do Enlaces, lógico) como iria suportar o resto que faltava para me aposentar. Então, me agarrei aos alunos, não dei mais “bola” para nada, só para eles.

Começava o dia às 7h00 já com bom humor, para isso fazia uma força “desgraçada”. Alegre e espirituosa sempre fui, mas “desencanada”, só agora. Esse bom humor não é á toa, foi exercício mesmo, para aprender a levar a vida. Hoje eu concordo que a vida é dura pra quem é mole.

Continuando, entrava na classe e dizia: Bom dia meus amores.

No primeiro dia não escutei quase ninguém responder: Bom dia meu amor.

Mas FOI BOM DEMAIS o dia que todos gritaram: BOM DIA MEU AMOR.

SER professor

Ser professor para mim é aquele que consegue fazer com que o aluno após uma aula, pense, se interessa, pesquise, reflita, deduza, questiona, discerne, enfim que fique motivado e etc, mas principalmente compare e use aquilo que ele aprendeu.

Você pode falar de várias maneiras sobre um conteúdo só, mas sempre tentando a proximidade com o real. Em coisas abstratas ninguém se interessa.

Outro dia fiquei feliz quando uma amiga minha falou para a outra, que eu fui uma professora de ciências que colocava os órgãos DENTRO dos alunos. Para mim, já valeu 29 anos, fiquei realizada.

Não sei se fiz deles a minha semelhança, coitados, mas não sofro remorso, então já está bom.

Sobre como formar alunos críticos

Tem que haver coerência entre teoria e prática, preocupando-se não somente com razão e formando críticos, mas PRINCIPALMENTE autocríticos, num processo sempre construtivo, isto quer dizer, entrelaçando um conhecimento ao outro.

"Causos"

Lembrei-me com isso de um porteiro da minha escola, que todos os dias eu chegava às 20h00 para dar aula e a história era sempre a mesma, só que ninguém entendia. Ele todos os dias estava brigando no portão. Aí eu dizia: E aí Ferreira, tudo bom?

Esse cara, oh, parece que num sei. Pega o "vaio veio"(onibus Valo Velho) e vem fazer lorota na porta da escola. Passa batido oh meu, ocê parece que num sei...

Aí eu dizia: Ele fez isso Ferreira? Oh cara, não irrita o Ferreira, você viu o que você fez? E aí caíamos na risada e ele ficava mais nervoso ainda. Isso era TODA NOITE e do mesmo jeito que eu estou contando.

Mas esse Ferreira irritado, escrevia lá do seu jeito músicas românticas como ninguém...

OUTRO CAUSO

Acabei de assistir no canal cultura a entrevista do Secretário da Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita.

Pena que eu assisti só no final, mas percebi que ele acha que a problemática da Educação está no relacionamento de aluno e professor, sociedade, comunidade, e não adequando aulas e conteúdos à realidade de cada um.

Diz que o professor tem uma missão a cumprir que é a de tornar interessante suas aulas e retornar o aprendizado como algo que satisfaça e preencha o tempo da escola como agradável e real.

Na minha opinião acho que encontraram um dos caminhos.

Vou contar uma "historinha" para vocês.

Na padaria que eu freqüento todos os dias começou a trabalhar um moço que deveria ter uns 14 ou 15 anos. Quando entrei o cumprimentei e fiz o meu pedido que era de cinco coisas diferentes. Na hora que ele somou, a conta foi muito alta, e eu disse que não havia gastado tanto. Tentei ajudar o menino fazer a conta sem que o patrão visse.

O moço não sabia colocar os números um embaixo do outro.

O patrão que já estava de olho nele chegou perto e fez a conta, que realmente foi muito diferente o valor.

Perguntei ao moço que série ele estava. Respondeu-me que na 7ª série e eu falei:

-Você aprende na escola a achar o valor do X ?
-Sim senhora, respondeu-me.
-Você consegue aprender e achar esse valor?
-Nunca consigo.

Fui até o caixa e falei para o dono:
-Você vai mandar ele embora?

-Com certeza, já é a quinta conta que ele soma errado. Isso devia ser 9:00h mais ou menos.

Voltei para casa e me coloquei no lugar do menino. Como ele iria feliz para a escola, sendo que por causa dela, perdeu o emprego?

Naquele momento ele não precisava achar o valor do ?X? e sim do EMPREGO.

Linguagem e sentimentos

Os meus alunos já sabiam que quando eu falava: "Amanhã eu vou lá hoje, se chover de tarde eu vou de manhã, porque não gosto de chuva". Isso queria dizer que eu não FARIA aquilo de jeito nenhum.Eles até desistiam de pedir.

Assim como eu disse em outro texto que as máquinas falam, as atitudes e brincadeiras falam também uma linguagem que somente os sensíveis percebem.

É BOM DEMAIS, quando você costuma dar atividades para uma classe e andar por ela toda cantando baixinho. E um dia, por qualquer motivo, não cantar e uma aluninha de 5ª série falar: Professora, porque a Sra não está cantando hoje? Pode cantar, nós ficamos quietinhos trabalhando, a gente não pára, não.

É BOM DEMAIS quando você encontra um aluno e ele te diz que fez faculdade, mas nunca esqueceu das suas aulas, sentada em cima da mesa, conversando e instruindo.Permitindo e respeitando nos alunos dor de cabeça, tristeza, cansaço do trabalho, mau humor controlável,porque você ensinou isso também.

É BOM DEMAIS você ver a emoção de uma classe diante do computador, o primeiro e-mail, a primeira pesquisa, o primeiro projeto,o segundo, o terceiro...

Penso assim e daí?

“Já fiz tanta merda na vida, que acabei adubando-a para melhor”.
Essa frase é de Fernanda Montenegro, mas acho que ela resumiu tudo nessa frase.Identifiquei-me com ela.
Temos sempre a impressão de que ficando mais velhos vamos pagar pelos nossos erros e no fim percebemos que é através deles que ficamos fortes e tornando a vida mais fácil.
Eu só irei a uma igreja quando um santo “gargalhar”, esse negócio de chorar sangue, tô fora! Pra mim esse negócio de que “Jesus morreu por nós” e vem me cobrar o dobro, tb tô fora.
Pra mim a vida tem os momentos mais difícies de entendimento, mas passa como tudo de ruim na vida. Se caio um dia, tenho 364 dias pra me erguer.
Agora então de aposentada, digo sempre, tenho 365 dias pra arrumar a cozinha quando recebo muitos amigos. Minha agenda sempre cabe mais alguma coisa e pra confessar à vocês, a profissão que eu mais gostei na minha vida toda, foi essa, de aposentada.
As outras eram por vocação e "precisão", mas essa de agora é por merecimento, o que me dá muito mais prazer e ainda não tem dias descontados(sempre fui faltosa), o pagamento é sempre integral.
Yahooooooooo!!!!!!!! Aposentada sim, e daí?

Vestido Azul

"Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja.

Suas roupas eram muito velhas e maltratadas. O professor ficou penalizado com a situação da menina. - "Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?".

Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul. Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola.

Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas... Quando acabou a semana, o pai falou: ?Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa?

Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim." Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade. Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.

A rua, de barro e lama, foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania. E tudo começou com um vestido azul... Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.

Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive? Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e violência do trânsito? Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada. É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul. Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade".

- Você acaba de receber um lindo vestido azul.

Autor Desconhecido

quarta-feira, 9 de maio de 2007

A quem interessar possa

Tenho medo de gente infeliz!
Uma pessoa na família que não consiga ser feliz apesar das dificuldades faz todos infelizes.
A felicidade temos de buscar dentro de nós mesmos e nas pequenas coisas.
Vc é realmente infeliz quando não ACEITA o outro com seus defeitos, esquece que vc mesmo tem defeitos.

Cada um morre do jeito que vive, quem complica a vida ou não gosta dela, dá muuuuiiiito trabalho pra morrer. No final da vida ou seja, quando ficamos mais velhos temos noção do que plantamos porque colhemos os frutos de tudo.

Quando mais velhos é que temos a noção de quantos amigos estão do nosso lado. Mesmo se forem poucos pode ter certeza de que foi o MELHOR dos melhores. Amizade que dura é aquela que conseguimos desenvolver respeito, cumplicidade, união tanto em horas boas como ruins, confiança e principalmente amor.

Os amigos são escolhidos por nós mesmos e se vc não consegue confiar em ninguém é porque vc tem convicção que VC não é de confiança.

De tudo que aprendi na vida, uma coisa eu tenho certeza, não devemos deixar que ninguém nos faça infeliz. Empurrar a vida com a barriga, deixando-nos ser infeliz é a maior burrice de um ser humano. Se deixar manipular por pai, mãe, irmãos, filhos e marido ou mulher é a maior prova de incapacidade para ser feliz.

Quando vc é abandonado por todos, tem que parar e pensar o que VC fez de errado pra que os outros não te queiram por perto.

Temos que usar sempre nossa autoridade com limites e impor as coisas sem brigas. Briga é a prova real de que não se resolve e só nos machucamos. Não podemos levar a vida muito a sério, achar ruim tudo e todos, esperar do outro atitudes que para ele é normal e que vc ache que fez de propósito para te magoar. Cada ser humano tem seu jeito de pensar e agir e cabe a cada um de nós respeitar e se quiser mudar, faça-o de maneira que não magoe gratuitamente as pessoas.
Viver não é pra fracos, egoístas, dependentes, solitários, petulantes, egocêntricos e principalmente arrogantes.

Para viver temos que ser fortes, pensar nos outros, principalmente nos próximos a nós, criar uma independência através da consciência de que nascemos e morremos sós, saber viver e se relacionar com pessoas de todos os tipos, ter humildade de reconhecer erros, não pensar egoisticamente só em nós e principalmente sempre valorizar o pouco ou muito que tenha.

Quem reclama é porque sabe que não é capaz e nem sabe viver no sentido verdadeiro da palavra. Não reclame, aja!

Homenagem ao meu eterno Professor

Buddy Burnisky, estou escrevendo para você mesmo, porque o pouco que te conheci e convivi, sei com certeza que deve estar conectado o tempo todo nesse nosso espaço.

Tem pessoas que morrem e temos a sensação de que acabaram, mas por você sinto que a energia ficou. Ficou quando você ACREDITOU no fogo sagrado, na HUMILDADE de que “menos és mas”, na GRATIDÃO do aprender ensinando, na FORÇA de mudar a educação, CORAGEM de “enfrentar” analfabetos da informática, “PEITO” E “TESÃO” para revolucionar tudo, tanto na educação como nas nossas vidas particulares.

Como eu vou esquecer um estranho que “pinta” na minha vida, não pede licença e simplesmente me faz descobrir que tudo que eu pensava na vida profissional não era besteira, e eu sempre (26 anos) fiquei calada por pensar isso.

Um cara que gritava “MÁRCIA MORALES” e vibrava com meus palpites humildes. Que me abraça no dia seguinte do texto “Minha querida ex-diretora” e diz que me compreende. Que ouve meus “causos” e diz “Isso tem que ir num livro” e me ensina como escrevê-lo, mesmo dizendo que causa ânsia de tanto que temos de ler e reler, pois sacrifícios nunca foram problema pra ele. Que me pergunta “gusta de su texto?” e eu respondo “more or less” e ele ri, porque SABE que não somos perfeitos e valoriza o “menos és mas”. Que me entrega o diploma e me ergue em seus braços como se dissesse “você conseguiu MÁRCIA MORALES”.

É Buddy, tem uma frase que diz: “Tem pessoas que vêem flores murchas e ficam tristes, outras ficam alegres, porque conseguem enxergar as sementes”, e era justamente o que você conseguia enxergar.

Sua falta será imensa em nossos corações, mas acho que por eu ser egoísta,viverei muito mais perto de você agora.Você agora não tem lar nem lugar, então podemos ficar mais próximos. Tenha a certeza de que sempre que precisar recorrei a você, não como um santo, mas como aquele que me dá “luzes” para percorrer caminhos novos e inovadores. Eu acredito em energias!

É, meu querido, você nunca vai se livrar de mim. Estarei sempre aqui procurando pela sua luz e energia eterna.
Te amo.
Beijos saudosos.

Bolo Perfeito - Homenagem à Família

Ingredientes
-2 xícaras do otimismo e paciência da Kika (filha do coração)
-2 copos da sutileza do Marcos (genro do coração)
-2 litros do pique do Sr Morales (meu pai)
-2 colheres da sutileza da tia Nena
-2 latas da sabedoria da D. Rosalina (minha mãe)
-1 pitada bem grande da paciência e do coração da Lúcia (amiga)
-1 colher da elegância da tia Cleusa(irmã)
-Bata o bolo com a firmeza do Gustavo (sobrinho), bem tranquilamente,
-com o entusiasmo do Zézinho (cunhado in memorian)

Recheio
-Recheie com a garra da Isabela (sobrinha)

Cobertura
-Cubra primeiro com o bom humor da Paula (filha)
-Depois com a “seriedade”da Marisa (minha outra filha) -E por fim salpique com a sabedoria do Luciano (sobrinho)
-Sirva-o com o sorriso do Rogério(marido da Isabela) e as piadas da tia Márcia (eu)
-Coma-o com a força de viver e gostando da vida como tio Manoel
-Saborei-o com a satisfação e o coração da Marina (amiga)

Muito prazer


Esta sou eu.
Sejam bem-vindos

Pintando a vida

Sempre achei que a vida tem a cor que a gente pinta.