sábado, 31 de outubro de 2009
Aprendendo sempre
terça-feira, 27 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Agir
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
História do Joãozinho
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Você não é pequeno assim, né?
PARA REFLETIR -
Certa vez uma cobra começou a perseguir um vaga-lume que só vivia para brilhar.
Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia; dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:
-"Posso fazer três perguntas?"
- "Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que vou lhe comer mesmo, pode perguntar..."
- "Pertenço a sua cadeia alimentar?"
- "Não."
- "Eu lhe fiz alguma coisa?"
- "Não."
- "Então porque você quer me comer?"
- "PORQUE NÃO SUPORTO VER VOCÊ BRILHAR!!!"
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Duas escolhas
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Tempestade em copos d'água
sábado, 10 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Me lembro como se fosse AMANHÃ
domingo, 4 de outubro de 2009
Da sobrevida à vida
A educação junto com a sociedade foi perdendo os valores, a prioridade, o compromisso com o ser humano e virou um número a mais para as estatísticas. Tenho a impressão de que estão todos perdidos, e o que é importante hoje, não era ontem e vice-versa.
No ano 2000 encontrei o Enlaces-Brasil, que era tudo aquilo que precisava, para mim e para o meu aluno. Trata-se de um projeto que vai de encontro às necessidades do educador, pois, educa no que diz respeito à valorização e a motivação de ambos, necessários ao aprendizado para a efetivação de sua utilidade no futuro próximo de que vivemos.
Não coloquei o título em vão, pois foi justamente o que o Enlaces-Brasil proporcionou a mim, saí da sobrevida e fui à vida.
Na minha sobrevida apesar de “cansada” consegui vários PRÊMIOS dados por alunos, os quais, nenhum governador nessa minha trilha pode pagar-me. Fiquei vinte e um anos na mesma escola e lecionei para duas gerações. Colhi e ainda colho frutos até hoje, mesmo aposentada, pois agora, tenho o compromisso sem cobranças no Enlaces, o que me dá forças e gratificação pelo que ensino ao meu aluno.
Vivi, na minha sobrevida, situações maravilhosas, como por exemplo, alunos do noturno que necessitavam da companhia de outros alunos para irem embora para suas casas, brigarem com a inspetora, porque não tendo a presença da diretora, queria ir embora para casa mais cedo, porém os demais queriam a minha aula até o fim, pois a determinação e o interesse em aprender, eram maiores.
Será que hoje este exemplo, acima descrito, acontece com essa “nova” sociedade?
Outro exemplo que tenho é que após o sinal do recreio, subindo para a minha sala de aula encontrei-me com um aluno já com a mochila pronta para ir embora, porque acordava as cinco da manhã. Este, então, perguntou-me se a minha aula seria em sua classe , o que seria de fato. Ele, por sua vez, retornou dizendo que ficaria.
Não é lindo? Pergunto se há dinheiro que me pague o interesse deste aluno. Detalhe: eu nunca fiz chamada no noturno.
E assim segui minha carreira por 29 anos. Quando “caía” agarrava-me aos alunos tentando ler nas entrelinhas suas necessidades e procurando dentro de mim, forças e criatividade para seguir em frente, mas nem eu sabia que estava no meu limite de insatisfação, quando no dia 23/03/2000 desmaiei. O médico diagnosticou “tristeza” e disse-me que se eu não reagisse teria que submeter-me a um tratamento a base de medicamentos, o que mexeria com o meu intelecto.
Sempre quando me sentia “fraca”, aparecia um enorme temor de não conseguir aposentar-me e ficar “encostada” numa repartição ou tratando numa psiquiatria. Por isso, quando o médico diagnosticou o mal que me afligia, a tristeza, agarrei-me a tudo que podia. Mudei o “visual”, entrei para ioga e terapia, fazia inscrições em cursos, todos pagos, até alguns sem necessidade, pois eu achava que estava no final da carreira. Comecei então, expor minhas idéias nesses cursos e pude perceber que todos sentiam a mesma coisa que eu. Portanto pensei, eu não estou ficando louca, eu tenho razão, são muitos anos decaindo e definhando junto com a educação.
Fui mais uma vez atrás de uma saída para tanta tristeza, não sabia nada de computador, pois fui num curso de informática e quando ocorreu uma “pane” nos computadores, o professor pediu que fizéssemos uma roda e rezássemos um pai-nosso. Fiquei com tanta raiva que não podia mais ver computador, mas não sabia que poderia aprender tanta coisa, como foi no Enlaces-Brasil
.Muito motivada, cheguei em casa e fui comprar um computador em 12 meses. Treinei muito, errei muito porém, a cada acerto, mais queria aprender. Uma vez demorei 35 minutos na internet porque não sabia desconectar, e quase fui “presa” de tanto executar operação ilegal. Mas não desisti...
Na nossa escola eu e a Analice Delorence Di Santo decidimos por escolher uma classe que vinha tendo problemas desde a 5ª série. Problemas de indisciplina e sendo assim de baixa aprendizagem, visto que o objetivo e preferência deles eram “brincar”. Preocupadas com um problema que de início é até engraçado, decidimos expor o nosso trabalho a eles e contar com a confiança de que, dando-lhes responsabilidades e “valor” (o que era difícil por tratar-se de uma classe “temida” e insuportável por todos), resgataríamos a auto-estima deles, a qual era praticamente nula.
O nosso objetivo, além de concluir o projeto “Hormônios sexuais”, era o de valorizar alunos muito afastados da realidade e já achavam-se sem valor algum, visto que lidavam sem se importar no dia a dia com a humilhação. Eram humilhados por todos e achavam comum o fato de serem os piores da escola.
Com a nossa confiança em dar a eles um projeto, até então inédito na nossa escola, percebeu-se que a auto-estima foi resgatada, passaram a sentir-se importantes, viram qual é o seu verdadeiro valor e que com trabalho, esforço e dedicação poderiam chegar ao lugar de vencedores.
Com esse trabalho consegui comprovar o que eu já sabia: que sensibilidade se molda, carinho se treina e vida se troca. Trocamos amor e trabalho e fomos recompensados ganhando um PRÊMIO, expondo-o no congresso de telemática em Fortaleza (CE). Hoje já é notório como não se deixam mais serem humilhados.
Voltando ao título, eu ainda afirmo que no projeto Enlaces-Brasil eu tenha encontrado forças, motivação e VIDA, embora saiba que esse projeto apenas conseguirá ajudar nossos alunos se TODOS os educadores e educandos tiverem o mesmo objetivo e se empenharem em uma única causa: o futuro do aluno.
Nunca pensem que estão no fim de alguma etapa, pois tudo pode ser o começo de algo novo, inovador, e até vitalício como foi o meu caso.
A sala de aula comum para mim acabou, porque não me “sinto mais útil”, mas, a vontade de dar uma continuidade mais completa à educação, ou até mesmo, com ousadia e coragem, tentar resgatá-la continua viva e latente dentro de mim.
Uma vez eu escrevi:
AUTOR: MITCH ALBOM
Esse livro foi escrito pelo aluno Mitch, como uma última tese de um professor de uma Universidade que após cinqüenta anos dando aula encontrava-se doente, e o aluno em um dia da semana o visitava e escreviam a respeito de vários temas.
Quando o professor se refere à sala de aula que era sua vida, ele diz o seguinte:
“-Morrer é apenas uma circunstância TRISTE. Viver infeliz é diferente, porque a cultura que temos não contribui para que as pessoas estejam satisfeitas com elas mesmas.Estamos ensinando coisas erradas.E é preciso ser forte para dizer que, se a cultura não serve, não interessa ficar com ela.”
Da Márcia Morales:
Eu tenho escrito por várias vezes a respeito de seres águias e seres galinhas, sempre dizendo que nós do programa Enlaces-Brasil somos águias, porque tentamos inovar conhecimentos de uma forma atrativa para os alunos.
Gostaria de contar a vocês sobre a vida da águia.
“Quando ela faz quarenta anos, seu bico está para baixo, suas garras também e as penas debaixo de suas asas estão velhas e pesadas,impossibilitando-a de caçar.
Diante de tudo isso ela tem duas opções, que são:
-se deixar morrer ou, entrar num processo de regeneração que dura 150 dias aproximadamente.
Caso ela opte pelo processo ela voa o mais alto que puder e fica solitária entre montanhas. Ali ela voa de encontro às montanhas até arrancar o seu bico, espera nascer outro para puxar suas garras. Nascendo as novas garras, ela tira todas as penas velhas e quando nascem as novas, finalmente está pronta e pode viver por mais trinta anos.”
Estamos diante de dois exemplos de luta e beleza.
O primeiro deixa por escrito tudo o que pensou e tentou inovar em valores e o segundo tendo a chance natural de viver através da inovação.
Por isso inove sempre, nunca faça os dias e as aulas serem sempre iguais, mude cada dia um pouquinho, mas mude, e como diz o professor seja FORTE para mudar o que aí está e você não concordar.