domingo, 27 de junho de 2010

A "vítima"

Ontem escrevi "Cabeça Pobre" inspirada no livro que estou lendo e hoje pretendo escrever sobre vítimas, aquelas que se fazem de vítimas.

No livro diz três pistas para saber se a pessoa se sente vítima e não acreditei quando li de tanta veracidade com pessoas que eu conheço e que se prestam a isso.

Primeira pista: a culpa é sempre dos outros.
Segunda pista: sempre há uma justificativa.
Terceira pista: viver se queixando.

Não é demais? Você com certeza conhece uma pessoa assim.

Toda vez que sinto uma pessoa se fazendo de vítima, lembro do japonês de Hiroshima. Assim conta a lenda. Um japonês estava no banheiro e quando apertou a descarga: BUUUUUUUUMMMMMMMMMM, estourou a bomba e ele está gritando até hoje:
-NÃO FUI EU, NÃO FUI EU.

As vítimas geralmente são aquelas que também tem mania de perseguição. Isso é doença e se chama Síndrome de Burnout.

A título de informação:
Quadro Clínico Abaixo, apontamos sintomas apresentados por pacientes portadores da síndrome:

1. Esgotamento emocional, com diminuição e perda de recursos emocionais

2. Despersonalização ou desumanização, que consiste no desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo para com outras pessoas no trabalho ou no serviço prestado.

3. Sintomas físicos de estresse, tais como cansaço e mal estar geral.

4. Manifestações emocionais do tipo: falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência, baixa auto-estima.

5. É freqüente irritabilidade, inquietude, dificuldade para a concentração, baixa tolerância à frustração, comportamento paranóides e/ou agressivos para com os clientes, companheiros e para com a própria família.

6. Manifestações físicas: Como qualquer tipo de estresse, a Síndrome de Burnout pode resultar em Transtornos Psicossomáticos. Estes, normalmente se referem à fadiga crônica, freqüentes dores de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquiarritmias, e outras desordens gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, etc.

7. Manifestações comportamentais: probabilidade de condutas aditivas e evitativas, consumo aumentado de café, álcool, fármacos e drogas ilegais, absenteísmo, baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego, aborrecimento constante, atitude cínica, impaciência e irritabilidade, sentimento de onipotência, desorientação, incapacidade de concentração, sentimentos depressivos, freqüentes conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e dentro da própria família.
Se conhece uma pessoa assim, corre dela ou corre com ela para o psiquiatra caso faça parte do seu convívio familiar.
Tem tratamento, não deixe que piore.
OLHA O JAPONÊS DE HIROSHIMA, AÍ, GEEEEEEEEEEEEEEEENTE!

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