domingo, 12 de agosto de 2007

Reportagem na revista

Professora Enlacista - Reportagem na revista profissão mestre
Superprofessora - Por Karen Jardzwski
Márcia Morales

Dedicação, inovação, amor e muita criatividade a serviço da educação

Ensinando Ciências e Química durante 29 anos, Márcia Morales sempre buscou soluções criativas para superar as dificuldades e obstáculos na educação. A maior parte desse tempo lecionou em ensino público e por mais de duas décadas em um único colégio, a Escola Estadual Professora Beatriz de Quadros Leme, em São Paulo.

Uma das saídas inteligentes ou como ela mesma denomina "conhecimento visual criativo", aconteceu quando Márcia teve de dar aula numa lousa cheia de buracos. Após comunicar a diretora da escola sobre a situação e obter a resposta "não temos verba para arrumar", teve uma idéia. Chegava todos os dias na sala e desenhava alguma coisa no quadro que tivesse relação com a matéria. Células, bactérias, neurônios e até pulmão de fumantes eram visualizados com o auxílio dos buracos. O ano se passou, os alunos aprenderam e a diretora perguntou à professora porque nunca mais tinha reclamado do problema. "Contei que estava usando os buracos para ensinar Ciências. Em escola pública nada se perde, nada se cria, tudo se aproveita", diz Márcia.

Aposentada desde março de 2002, a professora desenvolve trabalhos como voluntária em duas escolas através do programa Enlaces- Brasil.

"Continuo na educação porque acredito que com o Enlaces deixarei muitos alunos felizes e com material suficiente para enfrentar o mundo informatizado de hoje", conta Márcia.

Certa da missão cumprida, mas disposta ainda a dedicar muitos anos ao trabalho voluntário em prol da educação, a professora dá a receita para realização: "Sempre procurei gostar do que tenho em mãos e dar o melhor de mim. Oferecendo aos meus alunos também o que tenho de melhor, sinto-me realizada", conclui a professora.

Sempre pensei que nós educadores teríamos de renovar, inovar, valorizar, amar, gratificar, estimular todos os nossos alunos sem distinção e ver o retorno nos olhos de cada um, e não em um papel que certamente ficará esquecido na gaveta, diz Márcia.

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