domingo, 13 de dezembro de 2009

Hoje acordei "anssim"

Hoje é um daqueles dias que detesto. Chuva, frio, então me limita a ficar de roupão, mas como sempre de meia. Sinto muito frio nos pés. Puxei ´para o meu pai.

Então hoje nada me perturba. Num tô que tô, nem tá que tá.

Procuro não deixar nada me perturbar mais do que o tempo. Faço um balanço dos meus dias e conto para vocês minhas artes.

Comprei um roteador e não dava para instalar porque precisaria da conexão direta e isso só na telefônica. Aí não tive dúvidas.

Liguei para telefônica, primeiro pedindo para falarem mais alto, porque eu sou idosa e meia surda. Mentira, é muito barulho da estrada.Aí falei que eu nunca lembrava a senha então precisaria de uma conexão que quando ligasse o computador, já conectava.

Aí me deram uma configuração e pumba, estamos as três usando o mesmo speedy. Conversamos aqui dentro do apto pela internet. Mó papo.

Liguei para a Sky e pedi um desconto, falando que eu era só, idosa e que com multi canal eu teria assunto para conversar com minhas filhas. Estaria sempre atualizada. Deram-me um desconto de metade do valor.

Fui na Drogasil comprar uns remédios e esqueci o cartão. Aí a mocinha disse que sem o cartão, por causa do sistema não daria para dar o desconto. Nunca eu iria perder um desconto tão bom. Olhei para trás na fila e pedi se alguém tinha um cartão para me emprestar. Uma mocinha simpática me emprestou e eu sai com desconto para comprar mais uma caixa do remédio.

Quando me falam para usar a fila de idosos nunca sei como reagir. Se xingando porque não tenho 60 anos ou aproveitando a oportunidade. Resolvi levar numa boa e aproveitar. Pago e saio rapidinho. Quem precisa provar o que para alguém? Se dane.

Sempre tiro proveito da idade, verdadeira ou não, afinal tem que se ter vantagem em alguma coisa. Só véia não dá não.

Fico analisando as características dos seres humanos e acho a mó graça.

Estou escrevendo esse texto alto astral e atrás minha mãe está chorando e lembrando tudo que falta e não valorizando o que têm. Como sempre, isso alguém puxou dela, eu sou minha avó paterna. Quando acenderam a vela do último suspiro, ela levantou a cabeça, apagou e morreu. Fez piada até o fim.

Mas como diz minha Marisa, "cada um com seus pobremas". Ela tentando entristecer minha vida e eu lutando desesperadamente para não deixar. E não vou deixar.

Minha mãe tem um buraco na perna esquerda, porque é a posição que ela fica desde os 60 anos. Nós batizamos o buraco de "pensando na vida".

Não é bolinho não, mas vou cuidar sempre dela com muito carinho. Cada um é cada um e a hora que aceitamos as diferenças e aprendemos a lidar com elas, fica tudo mais fácil, aceitável e maleabilidade é uma maneira inteligente para se levar a vida.

Eu a amo muito, seja ela como for. Dizem que a gente ama, "apesar de, não por causa quê".

Bjs

Um comentário:

Deli disse...

Amei o texto,rsrsrsrs,vc não existe!!!Deus te abençoe sempre!!!