Vivi por 24 anos em Lucélia (SP), cidadezinha pequena onde tudo virava causo.
Tinha um restaurante e bar em frente da alfaiataria do meu pai e o dono escutando muitos causos, decidiu dar uma taça, acho que por um mês, para o mais mentiroso da cidade.
Dessa taça todos tinham medo, porque a pessoa tinha que levar para casa e a cidade inteira ficava sabendo que ele era o mentiroso do mês.
Minha mãe e algumas amigas sentavam em frente da alfaiataria do meu pai e também ficavam contando causos.
Uma vez, minha mãe contou sobre um acidente que havia ocorrido com uma família de Marília.
Eles foram passear em Dracena e na volta bateram e capotaram. Eles estavam numa perua Kombi, meio velhinha.
Na hora que capotaram a porta abriu e a senhora idosa que estava na Kombi foi jogada para fora e caiu numa carroceria de um caminhão que estava passando em sentido contrário.
Ela caiu e ficou desmaiada. Aí foi escurecendo, escurecendo e quando ela recobrou os sentidos já estava escuro e ela batia na cabine do motorista.
Ele olhava e não via nada, por causa do escuro e ela estava toda de preto.O motorista cada vez corria mais de tanto medo, até que viu um posto policial e parou.
Ninguém sabia de onde tinha aparecido aquela senhora, nem ela entendia nada do que tinha acontecido.
No local do acidente todos estavam procurando a mulher desesperados e ela tinha voltado para perto de Dracena novamente.
Minha mãe contou isso, aí queriam dar a taça para ela. E ela dizia, mas é verdade, eu conheço até a família, mas eles não queriam saber e minha mãe, coitada, morria de vergonha de receber a taça.
Durante o mês todo, minha mãe foi “ameaçada” de receber a taça.
sábado, 28 de março de 2009
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Um comentário:
Marcia,consegui te colocar como perseguida ,agora tá fácil,menina vc levava jeito para isso(contar piadas e coisas,isso eu me lembro)
beijos so
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