Percebo que com mais idade ficamos mais perceptivos, mais sábios, mais pacientes ( isso os que não amargam), damos mais valor no dia a dia e nas pessoas. Enxergamos o que cada um diz em entrelinhas.
Hoje faço um trabalho onde elas, as entrelinhas, são as mais importantes. No superficial sei de pouca coisa, porque nada é estável. A instabilidade dura minutos.
Percebo hoje que o muito que dei importância, não vale mais quase nada. O que vale realmente é no pouquinho do dia a dia. O conhecimento se aprofunda quando deixamos de teorias e vamos direto à prática.
Se digo que o "vazio é a ausência de tudo" e o aluno responde que "vazio é a presença do nada", estamos dizendo a mesma coisa, só que raciocinamos diferente, mas com o mesmo entendimento. Sabemos realmente o que é vazio.
Se cada um entende de um jeito e age achando que é da melhor maneira, depositando o melhor de si, devemos então aceitar as diferenças.
Lidar com as diferenças é muito mais gratificante do que com as semelhanças. Fica chato conviver somente com aqueles que nos vemos no "espelho" .
São nas entrelinhas que enxergamos e sentimos o verdadeiro problema de cada um. Você pode falar fazendo caras e bocas e tentar enganar alguém que não leia o que realmente você "diz".
Eu só sei que sei de uma coisa:
- Eu já tô de saco cheio de ler entrelinhas, de rugas, dor nas juntas e quero minha juventude e minha burrice DI VORTA.
Beijos e eu volto
2 comentários:
Marcinha,
Primeiro está lendo muito bem nas entrelinhas.Segundo, já não devo ser tão Änônimo¨assim...
Continuarei fazendo meus comentários como Anônimo , pois aprecio muito seus artigos. Melhor vc poderia sugerir um nome para o Ânonimo.??
Beijos.
Tudo verdade migaaaaa!
Só não quero voltar, não sou "siri nem caranguejo".
Na minha mocidade os "caras" só queriam "comida" tô fóra!
Ainda bem que nessa parte somos diferentes. Semelhança realmente é muito chato pois não teria nada para comentar. Não acha?
Postar um comentário