quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Causo da Jomapa

Trabalhei nas lojas Jomapa por dois anos mais ou menos.

Era uma turma muito divertida e muito unida. Era um por todos e todos por um, de fora só o gerente pra variar.

Eu nunca gostei de gente que grita, xinga, é estressado, briguento e nosso gerente era assim. Além disso a mulher dele não saia da loja e morria de ciúmes da caixa e de mim, secretária. Sabe, né? Nós duas éramos novinhas "se quebrando", aí já viu, ela se mordia toda.

O dia que ele acordava agitado e os entregadores iam sair com o caminhão, eu pegava uma duplicata para cobrar e ficava o dia todo fazendo entregas com eles, ríamos o tempo todo pensando no estressado. Quando voltava descia na esquina e vinha bem folgada andando e só vendo ele se "estrebuchando" na porta. Entrava e dizia alguma coisa referente à duplicata.

Acho que foi com esse aprendizado que consigo driblar minha mãe agora. Procuro estar sempre "tô que tô", quando não, ligo pra Solange.kkk

Nessa loja encostavam as charretes das prostitutas da zona de meretrício, quase sempre pedindo gás para suas casas. Eu e a caixa pegávamos a perua e íamos lá na zona entregar e sondar sobre nossos namorados. Hoje eu sei que éramos duas tontas, sofríamos com causa certeira.

Chegávamos mais cedo que o gerente e cada um deitava num sofá em exposição. Um dia estávamos todos deitados e fomos escutando muitas vozes chegando, chegando. Quando olhamos para trás só estava o gerentão e dono das lojas junto com nosso gerente e mais uns três chefões. Levantamos correndo dos sofás e fomos cada um de um lado arrumando ele para a exposição.

Fomos elogiados pelo gerentão:
- Tão cedo e vocês já preocupados com a exposição da loja, parabéns.

Quase matamos a mocinha que fazia o café, além de vê-los, servir café, não nos contou.

O ambiente lá era tão gostoso que a caixa e o vendedor fugiram para casar e nós inventávamos para os pais dela que eles tinham sido visto em lugar oposto onde estavam. Fui até Inúbia Paulista e marquei o casamento para uns dias depois da volta deles. Ela casou de verde, a mãe não deixou casar de branco. Naquele tempo era fogo, ninguém podia saber que a gente "dava ou recebia", senão era barrada na igreja.

Outro dia eu volto

4 comentários:

Unknown disse...

JOMAPA PROLAR...LEMBRANÇA BOA...E VC COMO SEMPRE COM MAIS CAUSOS PARA A GENTE LER E SE DIVERTIR....MAIS DO QUE VOLTAR O IMPORTANTE É ESTAR CADA DIA COM SUA ALMA MELHOR...ESTOU SEGUINDO PASSO A PASSO.e como dizia um conhecido meu chamado DORIVAL (AQUELE MESMO) ELE TEM UMA LINDA FRASE QUE DIZ: "passo a passo, passando, passo" Um lindo final de semana.

Anônimo disse...

Maravilha, ler essas historias de um tempo que ficou bem lá atras, gostei de relembrar, trabalhei 13 anos, na JOMAPA PROLAR de abril de 1982 até fazer o fechamento da ultima loja, fiz uma carreira profissional nesta empresa, mas não foi facil.......
mas vou contar pra vcs., sei da historia toda, como iniciou, como evoluiu e como faliu.
tem historias hilariantes, acompanhe esse blog vc. vão gostar.

Unknown disse...

Procuro um rapaz chamado Mauro que segundo informações era poderia ser o gerente dessa loja... Em Osvaldo Cruz .Posteriormente pode ser um tou meu. Por favor vc conhece ele

Unknown disse...

Meu ZAP .38. 999912997