quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Nossos bichos






Fotos acima:
1- Baruk, Latinha, Félix e Princesa
2- Princesa de carona com Baruk
3- Félix (
in memoriam)
4- Baruk, posição de pedir comida


Eu e minhas filhas somos loucas por bichos. Aqui em casa quando falamos deles, "amolecemos" a voz como se fôssemos crianças.

Quando cheguei em SP, no outro apartamento, ganhei uma cachorrinha toda branca e de porte médio pra pequeno, vira-lata, mas inteligente que só. Colocamos o nome de Mathilde (com th). Mathilde chegou pequenininha e eu como "me acho" educadora, fiquei dois dias educando ela para dormir na lavanderia. Fiquei duas noites levantando e indo até lá quando ela chorava. Na terceira noite, fiz um jantar para o casal que me dera ela. O marido da minha amiga fez uma caipirinha delicioooooooosa, aí eu tomei demais e quando eles foram embora, eu nem lembrei da cachorrinha e ela dormiu na minha cama. Aí já viu, nunca mais foi dormir na lavanderia. Mudamos para esse apartamento e a Mathilde junto. Conto dela num texto abaixo, mas deixei de contar que quando voltei da praia ela tinha comido o "reboco" da parede do meu apto novo. Mas a gente ama mesmo assim, né? Perdoa sempre. Depois de uns anos ela ficou internada e foi a óbito.

Na mudança de apartamento trouxemos também a Maricota, uma tartaruga que adorou andar no nosso apto novo. Achamos até que ela estava sorrindo. Ela fazia suas necessidades no tanque e comia muitas frutas.
Fui para o interior e na cidade de Rinópolis arrumei o Pitty. Ele era todo marronzinho. Na viagem pra SP, não sei o que deu nele, ficou todo "molinho". Viemos jogando água na carinha dele de lá até aqui, mas chegou bem. Viveu com a gente por mais ou menos 5 anos. Ele era um "inferno". Marisa deixava ele louco de tanto que brincava. Ele só tinha um defeito. Adorava as pernas da minha amiga Beth (in memoriam). Adorava leite batido com abacate. Uma noite ele tomou bastante e no dia seguinte quando levantei, ai Jesuis, o abacate tinha feito um efeito diarréico.
Não vou contar o fim dele, senão terei que xingar e falar mal de alguém.

Mas junto com cachorro e tartaruga, tivemos um casal de passarinhos, o CRÓVIS e a CREIDE.
A Creide um dia escapou da gaiola, Paula gritou e se trancou no quarto. Como sempre fugindo de problemas, kkkk. Creide achou a janela e voou, voou e voou. Cróvis, numa tristeza profunda pela perda da companheira, se suicidou parando de comer.

Aí Marisa comprou dois caranguejos. Não conseguimos lembrar os nomes deles, mas era qualquer coisa que juntando os dois nomes dava uma palavra. Como não sabíamos se era macho ou fêmea, colocamos nomes que serviam para os dois sexos. Por exemplo, CÉ e LULA, mas eu lembro que era engraçado. Eles ficavam num aquário aberto, colocávamos um dedo de água embaixo e tinha uma pedra pra eles subirem. Quando acordamos um dia, vimos que tinha três. Ficamos contentes pensando que era um casal e aí olhamos bem e vimos que um estava transparente. Já tinha computador e fomos pesquisar e soubemos que eles trocam a casca de vez em quando. O que tinha lá era a casca do transparente.

Tinha além da Maricota, a Miucha, que era uma tartaruguinha que vive tanto na água como na terra. Um dia quando a empregada lavou a cozinha, acho que com cândida, ela morreu debaixo da geladeira.

Félix era um gato de rua que a Marisa encontrou lá embaixo, num dia muito frio. Eu tinha medo de gato, então falei que ele dormiria somente uma noite aqui em casa. Ficou uns 8 anos.
Como ele era adulto, arrumamos uma namorada pra ele. O fruto desse amor foi o Júnior, ou seja Félix Júnior. Viveu três anos e caiu da nossa janela do sexto andar. Eu sentia uma dor tão grande que peguei o talão de cheque e fui comprar outro gato. Chegando na loja o dono falou que tinha uma vira-latinha pra doar, eles a chamavam de "Favelada". Fui ver e ela estava quietinha e lindinha. Peguei uma caixa de papelão que faltava um lado da tampa e a trouxe para casa. Na hora de atravessar a rua, quase fomos atropeladas, ela mostrou sua personalidade ali. Tão meiga na hora que fui ver e um furacão na vinda pra casa. Ela é a nossa LATINHA que vive conosco há 7 anos. Já escrevi sobre ela no meu texto "Num sei não". Bom, mudamos pra uma casa em Bragança em 2003. Levamos Félix e Latinha, dando frontal recomendado por um psiquiatra.

Paula então quis o BARUK, um bull terrier. Essa raça para aprender o próprio nome precisa escutar 180 vezes, de tão inteligente que é. Foi uma louuuuuuuucura, mas sobrevivemos com ele.
Era uma delícia abraçá-lo no pescoção. Félix e ele se detestavam, mas o Baruk procurou muito pelo Félix na casa, quando ele morreu.

Marisa quis ir buscar uma cachorra, míni poodle, em Atibaia. Chegou a PRINCESA, hoje apelidada de Tica. Quando ela enche muito chamamos de "filhote de cruz credo", só porque de beleza ela foi poupada. Hoje vivemos no apartamento com a Tica e a Latinha.
Tica nos protege muito, latindo se alguém parar no corredor e a Latinha cuida da correspondência quando colocam debaixo da porta. Não sai enquanto não pegamos.
Esses foram os bichos que tivemos as três.

Eu, de solteira, tive dois coelhos, duas galinhas brancas e um cachorro vira-lata de má índole.
Minha mãe deu o cachorro no carnaval, porque sabia que eu só iria perceber na quarta-feira de cinzas. Peguei minha bicicleta e chorando andei Lucélia inteira pelas chácaras, atrás do meu Dick.
As galinhas minha mãe se encheu e colocou na panela. Durante o almoço eu fiquei de braços cruzados e não comi nada.
Os coelhos eu deixei morrer de fome porque fiquei com preguiça de ir buscar mato pra eles comerem. Estou falando da década de 60.

A Latinha agora está no meu colo pra ler o texto, pra ver se concorda. "Temperamentosa" que só ela. Isso que eu chamo de família feliz. Nós e os bichos!

Vou colocar abaixo a música do Martinho da Vila, Mulheres, porque fala de mulheres de todos os tipos, como nós com a bicharada.
Gosto muito de cantar, mas não consigo guardar na memória nome e letra de música, por isso, canto todos os dias e vou "compondo" as letras.


Mulheres-mp3 - Martinho da Vila

Um comentário:

Anônimo disse...

Mammy's, vc nem sabe como eu ri disso tudo aqui. Que bom!
Fiquei triste tb, principalmente quando vc fala que deixou bichos morrerem de fome. Aliás, se alguma sociedade protetora de animais ler isso meio torto, vc estará em maus lençóis. Mas eu entendi a situação.
Na base do vamos e venhamos vc levou a melhor, os bichos também. Também sei do teu carinho por eles porque vi ao vivo e em cores a tua atuação, uma belezura. Adorava tuas histórias com o Baruk, um docinho de cachorro, apesar da má fama - e da força descomunal. E eu mesma fiquei com ele também, pouco, mas fiquei. E adorei dormir na tua casa, apreciando os bichos pra lá e pra cá.
Então, eu acho que teus erros do passado podem ser perdoados, não acha?
E bicho é a maravilha das maravilhas. Sou doida por eles, aprendo cada dia mais; tento ser melhor por conta deles. É aquela velha história: quanto mais vivo com humanos, mais aprecio os bichos. Acho que eu deveria escrever sobre meus animais também; vou pensar no causo. Olha que teria causos pra dedéu.
Adorei, amei, idolatrei. Conta mais, mais, mais...
Bjs mil:-)